O Plano de desenvolvimento individual (PDI) é uma ferramenta que pode ser usada pelas empresas para que haja acordo e acompanhamento das competências necessárias para que as entregas relativas ao andamento dos trabalhos estejam em constante evolução.
A partir deste planejamento individual a empresa consegue se organizar para que metas sejam batidas e prazos sejam cumpridos.À primeira vista, o PDI pode ser visto como algo unicamente burocrático.
Por muitas vezes, nos deparamos com pessoas que ficam incomodadas ao ver sua trajetória profissional e suas vulnerabilidades expostas numa tela fria de computador.
Realmente, é bastante estranho (e também simplista) achar que uma pessoa que precisa trabalhar a timidez pode resolvê-la ao se inscrever num curso de formação básica de palhaço.
Gente, desculpa o trocadilho, mas isso é muito sério! Quem acredita ser capaz de mudar comportamento porque a empresa disse ser necessário?
Quantas vezes você, ou alguém próximo, não respondeu ali apenas o que o gestor(a) queria ouvir?! O papel (ou qualquer sistema) aceita tudo!
Mas, como de fato podemos aproveitar essa ferramenta de forma que aproxime os nossos desejos profissionais às necessidades da empresa? Como fazer um PDI que traga os resultados esperados?
Fazendo, observando e ajustando. E no ano seguinte começar tudo de novo, já de forma mais madura e autoconsciente.
Com o passar do tempo aprendemos a aceitar e perceber melhor que somos os primeiros a colher os frutos de quando evoluímos ou aprendemos algo novo.
É claro que todos temos algum comportamento que precisamos melhorar. Não porque o gestor pediu, numa sala com luz fria na sétima reunião do dia em uma quarta-feira, às 16h.
Nos desenvolvemos e lapidamos profissionalmente porque isso nos eleva enquanto profissionais além de atender os objetivos específicos da empresa onde estamos. Todos ganham!
Então o ponto é esse: para que o PDI funcione ele precisa ser feito por você e para você. É preciso que este “ponto de melhoria” seja verdadeiramente reconhecido como algo que falta, e não simplesmente para ensaiar uma competência que está na moda.
E assim, trabalhado de forma genuína, ele servirá para direcionar o progresso da carreira. Passa a ser a bússola que nos leva ao caminho que desejamos chegar e não mera formalidade que o RH mandou cumprir.
Marina Scatena, sócia da Veropequi